49% das PMEs portuguesas tiveram de aceitar prazos de pagamento superiores aos desejados
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De acordo com o Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform, 79% do tecido industrial português tem que aceitar prazos de pagamento superiores aos desejados para poderem manter as suas carteiras de clientes. Daquela percentagem o mesmo estudo revela pior comportamento nas PME em relação às grandes empresas: 39% das grandes empresas tiveram de aceitar prazos de pagamento superiores aos desejados face a 49% no segmento das PME empresas. Este comportamento está relacionado com o aumento dos problemas de liquidez do tecido empresarial.
Outros números apurados pelo estudo:
- 14% das empresas que têm relações comerciais com a administração pública têm que aceitar uma extensão dos prazos de pagamento
- A capacidade dos profissionais liberais para impor prazos de pagamento situa-se nos 23%;
- 33% das empresas portuguesas esperava ter que suportar esses prazos de pagamento por causa de problemas de liquidez;
- 18% do tecido empresarial prevê trabalhar com prazos superiores a 90 dias, o que representa um agravamento dos prazos nos seus créditos comerciais;
- Apenas 41% das empresas opera com os prazos inferiores a 60 dias previstos no Decreto-Lei n.º 62/2013 de transposição da Diretiva Europeia de medidas de luta contra os atrasos de pagamento nas transações comerciais.
Os atrasos nos pagamentos devem-se essencialmente:
- À falta de disponibilidade de fundos (77%)
- Ao atraso intencional dos clientes (45%)
- À complexidade dos procedimentos de pagamento (12%),
- À emissão de faturas incorretas (5%)
- Às disputas quanto à qualidade dos bens e serviços fornecidos (1%)